Porque se insinua entre fendas,
brota entre pedras,
confunde as esferas,
toma a forma do Mundo.
Porquê vento?
Esvai-se entre ramos,
desliza entre abismos,
canta a voz que cede.
Porquê fogo? inquires.
Circunda o nome,
labareda a sombra,
desintegra a alma:
e tudo torna cinza.
Porquê terra? interrogas.
Porque submete os passos,
e quando a olhamos,
do alto,
sabemos do pó
a humana condição.
Porquê céu?
Um silêncio alisa tua pele:
entre folhas,
um sopro se desprende.
Fogo e água…'
William Furtado de Mendoza Santander
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